O Departamento de Estado dos Estados Unidos aprovou uma potencial Venda Militar Estrangeira (FMS) à Ucrânia, no valor aproximado de 825 milhões de dólares. O pacote de armamento inclui 3.350 mísseis de Munição de Ataque de Longo Alcance (ERAM), equipados com sistemas de navegação GPS/INS avançados, projetados para fortalecer as capacidades defensivas ucranianas contra a agressão russa.
Estes mísseis ERAM possuem um alcance de 460 quilômetros e são capazes de atingir alvos estratégicos em profundidade, como depósitos de suprimentos, postos de comando e centros logísticos, mesmo em territórios ocupados, incluindo a Crimeia. A sua capacidade de ataque de longo alcance e precisão visa perturbar as cadeias de suprimento e comunicação russas.
A aquisição será financiada por aliados da NATO, nomeadamente Dinamarca, Países Baixos e Noruega, além do Financiamento Militar Estrangeiro (FMF) dos EUA. Esta venda estratégica visa aprimorar a segurança de um parceiro crucial para a estabilidade europeia e reforçar os objetivos de política externa e segurança nacional dos Estados Unidos.
A integração destes mísseis com aeronaves como os F-16 promete aumentar a eficácia das operações ucranianas, ao mesmo tempo que eleva a segurança dos pilotos ao operarem para além do alcance das defesas aéreas russas. A aprovação ocorre num momento de particular relevância, seguindo-se a um período de incerteza quanto à ajuda militar dos EUA à Ucrânia.
A iniciativa reflete um esforço coordenado entre aliados da NATO para fornecer apoio contínuo à Ucrânia, alinhado com o compromisso de promover a estabilidade regional. A venda de armamento demonstra uma abordagem colaborativa para enfrentar desafios de segurança complexos na Europa Oriental.
A capacidade de produção escalável e a eficiência de custos dos mísseis ERAM sinalizam uma preparação para um conflito prolongado, onde a disponibilidade de armamento de alta tecnologia em grande volume é um fator decisivo. A Ucrânia, ao receber este novo arsenal, ganha não apenas uma ferramenta de defesa, mas também uma vantagem estratégica para moldar o curso do conflito.