Em 5 de agosto de 2025, manifestações em todo o Paquistão foram organizadas pelos apoiadores de Imran Khan e lideradas pelo seu partido, o Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), exigindo a libertação imediata do ex-primeiro-ministro, marcando o segundo aniversário da sua prisão. As demonstrações, que foram em grande parte pacíficas, resultaram em mais de 200 prisões, com Lahore a registar o maior número de detidos. As autoridades responderam com o uso de gás lacrimogêneo em Karachi para dispersar multidões e impuseram restrições a reuniões em Islamabad e Rawalpindi. Uma nova força paramilitar, a Federal Constabulary, foi mobilizada para reforçar a segurança interna.
A prisão de Imran Khan ocorreu em 5 de agosto de 2023, sob acusações de corrupção e incitação a motins, que ele e seus seguidores afirmam serem politicamente motivadas. Khan foi destituído do cargo de primeiro-ministro em abril de 2022, através de um voto de desconfiança, e desde então enfrentou vários processos judiciais. O porta-voz do PTI, Zulfikar Bukhari, condenou as ações do governo, afirmando que mais de 500 líderes e trabalhadores do partido foram detidos apenas na província de Punjab. As autoridades implementaram medidas de segurança rigorosas, incluindo a imposição da Seção 144 em Islamabad e Rawalpindi, proibindo reuniões de quatro ou mais pessoas, e mobilizaram mais de 4.000 policiais em Rawalpindi, com unidades de gerenciamento de motins posicionadas perto da prisão de Adiala, onde Khan está detido. A Federal Constabulary, reestruturada em julho de 2025, foi empregada para manter a ordem interna. Estes protestos refletem a profunda divisão política no Paquistão e a forte base de apoio que Imran Khan mantém, com o PTI a reafirmar o seu compromisso de continuar os protestos até à sua libertação.