A Alemanha está prestes a formalizar a criação de um Conselho Nacional de Segurança (CNS), uma nova entidade destinada a modernizar a sua arquitetura de segurança e otimizar a gestão de crises. Este órgão substituirá o atual Conselho de Segurança Federal e o Gabinete de Segurança. A reunião inaugural do CNS está agendada para 27 de agosto de 2025, no Ministério da Defesa em Berlim, com o início oficial das suas operações previsto para o dia seguinte, 28 de agosto de 2025.
O CNS será presidido pelo Chanceler Federal, Friedrich Merz, e contará com a participação de ministros chave, incluindo os de Finanças, Negócios Estrangeiros, Defesa, Interior, Justiça, Economia, Cooperação Económica e Desenvolvimento, e Assuntos Digitais. A sua estrutura também permitirá a inclusão de representantes dos estados federais, da NATO, da União Europeia e de especialistas externos, promovendo uma abordagem abrangente e colaborativa. A criação deste conselho surge como resposta a um cenário de segurança global em constante evolução, refletindo a necessidade de uma coordenação mais eficaz e de uma tomada de decisão mais ágil. A iniciativa visa consolidar informações relevantes para a segurança, gerar relatórios de situação integrados e oferecer uma visão estratégica para antecipar e gerir ameaças, superando a abordagem fragmentada que caracterizou a gestão de segurança no passado. A ênfase em riscos emergentes, particularmente nas áreas digital e cibernética, sublinha a adaptação da Alemanha às ameaças modernas. A inclusão de especialistas e a possibilidade de convidar chefes de estado de outros países para participar nas discussões do CNS demonstram um esforço para fortalecer a dimensão internacional da tomada de decisões alemã. Friedrich Merz, como Chanceler, tem defendido uma postura assertiva na política externa, com o objetivo de posicionar a Alemanha no centro da segurança europeia e transatlântica. Este novo conselho é visto como um passo fundamental para concretizar essa visão, permitindo uma resposta mais coordenada e estratégica aos desafios geopolíticos. A Alemanha, sob a liderança de Merz, pretende reforçar o seu papel como um pilar de estabilidade e liderança na Europa, com um aumento previsto nos gastos com defesa e um foco renovado na modernização das suas capacidades militares.