Novo Gel da Michigan State University Promete Combater Queda de Cabelo Induzida por Quimioterapia

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Uma equipa de investigadores da Michigan State University (MSU) desenvolveu um gel inovador com o potencial de mitigar a queda de cabelo, um efeito colateral comum e angustiante do tratamento de quimioterapia. Este avanço, detalhado na edição de setembro de 2025 da MSUToday, representa uma nova esperança para pacientes que enfrentam a alopecia induzida pela quimioterapia (CIA).

O gel, que tem a consistência de um shampoo, foi formulado com lidocaína e adrenadona. A sua aplicação no couro cabeludo antes da quimioterapia visa restringir o fluxo sanguíneo para os folículos capilares. Ao diminuir o fluxo sanguíneo, o gel limita a exposição dos folículos às drogas quimioterápicas, que são conhecidas por atacar células de rápida divisão, incluindo as dos folículos capilares. Esta abordagem é uma alternativa promissora aos métodos existentes, como os capacetes de resfriamento (cold caps), que, embora aprovados, podem ser caros e apresentar efeitos colaterais.

Bryan Smith, professor associado de Engenharia Biomédica na MSU e membro do Instituto de Ciência e Engenharia da Saúde Quantitativa da universidade, liderou o desenvolvimento. Smith expressou que a necessidade de abordar a CIA é significativa e que a sua inspiração surgiu de conversas com médicos e pacientes. "Esta necessidade não atendida de alopecia induzida por quimioterapia me atraiu porque está adjacente às necessidades típicas da medicina, como melhores tratamentos e diagnósticos mais precoces e precisos para o câncer", afirmou Smith. "Esta é uma necessidade no lado pessoal do cuidado com o câncer que, como engenheiro, eu não reconhecia totalmente até começar a entrevistar médicos de câncer e ex-pacientes sobre isso. Uma vez que entendi, ficou claro para mim que melhores soluções são muito importantes para a qualidade de vida de muitos pacientes com câncer."

O gel é termorresponsivo, o que significa que a sua textura muda com a temperatura. Em temperatura corporal, ele torna-se mais espesso, aderindo ao couro cabeludo. Em temperaturas mais frias, ele torna-se mais líquido, facilitando a sua remoção. Esta característica visa otimizar a praticidade para o paciente. Embora os resultados em modelos animais tenham sido promissores, indicando uma redução significativa na queda de cabelo, o gel ainda não passou por testes clínicos em humanos. A equipa de pesquisa está a procurar financiamento para avançar para os ensaios clínicos em humanos, um passo crucial para validar a segurança e eficácia do gel em pacientes.

Um estudo de 2017 publicado no JAMA demonstrou que o resfriamento do couro cabeludo pode aumentar significativamente a retenção de cabelo durante a quimioterapia, com 50% dos pacientes no grupo de resfriamento retendo os seus cabelos em comparação com nenhum no grupo de controle. A pesquisa atual da MSU procura oferecer uma alternativa mais acessível e potencialmente mais eficaz. A jornada desde a bancada do laboratório até a aplicação clínica é complexa e requer recursos substanciais. A equipa da MSU reconhece que, embora os componentes individuais do gel sejam materiais seguros e bem estabelecidos, o avanço para estudos de acompanhamento e ensaios clínicos em humanos depende do apoio financeiro. A expectativa é que, se bem-sucedido nos testes em humanos, este gel possa representar um avanço significativo no cuidado de suporte ao câncer, melhorando a qualidade de vida de inúmeros pacientes.

Fontes

  • Mountain Democrat

  • MSUToday

  • JAMA Network

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