Pesquisadores da Universidade de Tel Aviv identificaram a linfopoietina estromal tímica (TSLP) como um fator central no desenvolvimento da esofagite eosinofílica (EoE), uma descoberta que representa um avanço significativo na compreensão e tratamento desta condição inflamatória crônica. A pesquisa, publicada na revista Allergy, sugere que a TSLP, uma citocina secretada pelas células epiteliais em resposta a alérgenos, pode ser um alvo terapêutico promissor. Estudos em modelos experimentais demonstraram que a neutralização da TSLP levou a uma redução notável na eosinofilia esofágica, um marcador chave da EoE. Esta descoberta alinha-se com os avanços recentes no tratamento da EoE, incluindo a eficácia de medicamentos como a dupilumabe e a etrasimod, que têm mostrado resultados positivos em ensaios clínicos.
A esofagite eosinofílica, caracterizada por dificuldade para engolir e dor no peito, tem apresentado um aumento preocupante na prevalência em todo o mundo, inclusive em Israel, na última década. Os tratamentos atuais, que frequentemente envolvem dietas restritivas, podem ser desafiadores para os pacientes. A identificação da TSLP como um regulador central da EoE oferece esperança para o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados e menos onerosos. Empresas farmacêuticas já estão explorando anticorpos que visam a TSLP, com o potencial de oferecer terapias que abordam a doença em sua causa raiz. As descobertas foram apresentadas no Congresso Conjunto AAAAI/WAO de 2025, onde foram discutidos tratamentos para EoE, como a dupilumabe, um anticorpo monoclonal aprovado para EoE em adultos e adolescentes, e a etrasimod, uma nova terapia oral que demonstrou melhorias sustentadas em ensaios clínicos. A pesquisa colaborativa, envolvendo múltiplas instituições e parceiros internacionais, ressalta o compromisso global em melhorar a vida dos afetados pela EoE.