Obra-prima de Solario Roubada Retorna à Itália Após Mais de 50 Anos

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Uma pintura renascentista de Antonio Solario, "Madonna e Filho", roubada do Museu Cívico de Belluno em 1973, foi formalmente devolvida à Itália em julho de 2025, encerrando uma saga de mais de cinco décadas.

A obra-prima, criada por Solario no século XVI, foi adquirida pelo museu em 1872. No entanto, em 1973, foi uma das várias peças valiosas roubadas de suas instalações. Embora muitas das obras roubadas tenham sido recuperadas na Áustria logo após o incidente, "Madonna e Filho" de Solario seguiu um caminho diferente.

A pintura acabou sendo comprada em 1973 por Baron de Dozsa, ex-marido de Barbara de Dozsa, de uma fonte não especificada na Áustria, alegadamente de boa fé e pouco depois do roubo. Ele transferiu a obra para sua propriedade em Norfolk, Inglaterra, onde permaneceu por décadas. A pintura ressurgiu em 2017 quando Barbara de Dozsa tentou vendê-la em uma casa de leilões regional. Especialistas ligados ao museu de Belluno identificaram a obra, que estava incluída nas listas de obras de arte mais procuradas por várias forças policiais, incluindo a Interpol e os Carabinieri italianos.

Barbara de Dozsa inicialmente recusou-se a devolver a pintura, invocando a Lei de Limitação de 1980 do Reino Unido, que permite que um comprador de bens roubados possa ser reconhecido como proprietário legal se a compra foi feita de boa fé e não conectada ao roubo, após um período de seis anos. Contudo, Christopher Marinello, fundador da Art Recovery International e especialista em recuperação de arte roubada, argumentou que a posição de De Dozsa era insustentável. Marinello destacou que o fato de a pintura estar listada em bancos de dados internacionais de arte roubada significava que ela nunca poderia ser vendida, exibida ou transportada sem o risco de apreensão.

Após anos de negociações e persuasão, com Marinello atuando pro bono, Barbara de Dozsa concordou em devolver a pintura. A decisão de De Dozsa é vista como um ato de consciência que permitiu a restauração de um patrimônio cultural importante para a cidade de Belluno. O caso ressalta os desafios contínuos na recuperação de arte roubada e a importância da colaboração internacional e da vontade de fazer a coisa certa, transcendendo tecnicalidades legais para honrar a história e a identidade cultural de uma comunidade.

Fontes

  • The Guardian

  • The Guardian

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