Em 30 de julho de 2025, o Federal Reserve (Fed) anunciou sua decisão de manter a taxa de juros de referência inalterada, permanecendo na faixa de 4,25% a 4,50%. Esta é a quinta reunião consecutiva em que as taxas são mantidas neste patamar. A decisão foi tomada em um contexto de divergências internas, com os governadores Michelle Bowman e Christopher Waller votando contra a manutenção das taxas. Eles defenderam um corte de 25 pontos-base nas taxas, refletindo o maior nível de discordância em mais de três décadas. Adriana Kugler não compareceu à votação.
O presidente do Fed, Jerome Powell, destacou que, apesar da incerteza, a economia está em uma posição sólida. Ele também mencionou que o mercado de trabalho permanece estável, embora reconheça os riscos econômicos existentes. Powell acrescentou que os dados sugerem que o mercado de trabalho está amplamente em equilíbrio e consistente com o máximo emprego. Apesar da inflação ter diminuído em relação aos picos de 2022, ela permanece elevada em relação à meta de longo prazo de 2% do Fed.
Após o anúncio, os índices do mercado de ações dos EUA apresentaram um desempenho misto. O S&P 500 caiu 0,1%, fechando em 6.362,90. O Dow Jones Industrial Average também registrou queda de 0,4%, atingindo 44.461,28. Em contraste, o Nasdaq Composite teve uma leve alta de 0,15%, fechando em 21.129,67. Essa reação mista reflete a incerteza dos investidores em relação à decisão do Fed e às condições econômicas atuais.
A manutenção das taxas de juros pode ter implicações significativas para empresas e consumidores. Para as empresas, pode resultar em custos de empréstimo mais altos, o que pode impactar os investimentos e a expansão. Para os consumidores, pode significar taxas de juros mais altas em empréstimos e cartões de crédito, afetando o poder de compra. No entanto, a medida também pode ajudar a controlar a inflação, o que é benéfico a longo prazo.
Economistas preveem que o Fed poderá começar a reduzir as taxas de juros no início de 2026, à medida que a inflação diminui e a economia se estabiliza. O Banco Central do Brasil (BCB) também divulgou projeções indicando que a inflação deverá se aproximar da meta de 3% até o final de 2027. A projeção de inflação para 2025 foi reduzida para 4,9%, e a de 2026 para 3,5%.
O Comitê busca alcançar o máximo de emprego e inflação a uma taxa de 2% a longo prazo. O Comitê continuará reduzindo suas participações em títulos do Tesouro e dívidas de agências e títulos garantidos por hipotecas de agências.